América do Sul defende produção de biocombustíveis
Cúpula Energética destaca a integração energética como ferramenta do desenvolvimento e da erradicação da pobreza em direção à unidade do continente
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BRASÍLIA - A América do Sul unirá esforços para que a produção de biocombustíveis se torne instrumento de promoção do desenvolvimento social, tecnológico, agrícola e produtivo da região. O compromisso consta na declaração final da Cúpula Energética da Comunidade Sul-Americana de Nações, encerrada na última quarta em Isla Margarita, na Venezuela.
Assinam o documento chefes de estado e de governo e ministros da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Suriname e Venezuela.
Na declaração conjunta, os 12 países acordam “impulsionar o desenvolvimento das energias renováveis, já que cumprem um papel importante na diversificação da matriz de energia primária, na segurança energética, na promoção do acesso universal à energia e na preservação do meio ambiente”.
Os dirigentes sul-americanos também destacam a integração energética como ferramenta para promover o desenvolvimento social, econômico e a erradicação da pobreza, diminuir as assimetrias existentes na região e avançar em direção à unidade sul-americana.
Nesse sentido, comprometem-se a promover, por meio de investimentos conjuntos, o desenvolvimento e a expansão da infra-estrutura de integração energética da região e a realização de pesquisas conjuntas em matéria energética.
Outro compromisso assumido pelos países sul-americanos refere-se à cooperação entre as empresas petrolíferas nacionais, incluindo a industrialização dos hidrocarbonetos e as transações comerciais de recursos energéticos.
Os dirigentes sul-americanos assinalam, ainda, a importância de garantir a compatibilidade entre a produção de todas as fontes de energia, a produção agrícola, a preservação do meio ambiente e a promoção e defesa de condições sociais e trabalhistas dignas no setor de produção de energia.
Por fim, criam o Conselho Energético da América do Sul, integrado pelos Ministros de Energia de cada país, para que apresentem uma proposta de diretrizes da Estratégia Energética Sul-Americana. A proposta será discutida na III Cúpula Sul-Americana de Nações.
Participaram da Cúpula Energética os presidentes de Argentina, Néstor Kirchner; Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Bolívia, Evo Morales; Colômbia, Alvaro Uribe; Chile, Michelle Bachelet; Equador, Rafael Correa; Paraguai, Nicanor Duarte, e Venezuela, Hugo Chávez; o vice-presidente uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, o ministro delegado de Suriname, Gregory Rusland e o primeiro-ministro da Guiana, Sam Hinds.
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